sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS





Foi muito bom fazer esta trajetória de volta às aprendizagens destes eixos. A interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi muito importante para mim, já que o estágio foi em uma turma da EJA. Por inúmeras vezes visitei as temáticas desta interdisciplina em busca de teóricos que fundamentassem a minha prática, meus planos de aula e relatório de estágio. Por muitas vezes busquei subsídios e as postagens nos fóruns também me trouxeram aprendizagens vivenciadas por colegas.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA



Neste semestre fiz estágio em uma turma da EJA. Nesta turma havia três alunos de inclusão e, constatei que também na Educação de Jovens e Adultos há muitas dificuldades de realmente incluir os alunos com necessidades educacionais especiais.
A escola, muito engajada em incluir, mas fica a cargo do professor buscar subsídios e diferentes maneiras de incluir o aluno nos temas e atividades comuns a todos e também trabalhar com as diferenças cognitivas e motoras de cada educando que necessitar.
Acredito que cada escola deva ter um profissional que lide exclusivamente com as questões de inclusão, pois, orientação e outros apoios já estão sobrecarregados na maioria das escolas. A escola necessita de alguém especializado em inclusão, que possa dar apoio pedagógico e orientações ao professor e também ao educando com necessidades especiais.
A questão não é somente incluir os educaandos na escola regular, é garantir que estes adquiram conhecimentos, socializem-se e preparem-se para o mercado de trabalho.

HÁ QUE SE TER CORAGEM!




"Quem melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível da sociedade opressora? Quem sentirá melhor que eles os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade de libertação? Libertação à qual não chegaram pelo acaso, mas pela práxis de sua busca pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela." (FREIRE, 1987 - Pedagogia do Oprimido, 35,ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.)
Em Pedagogia do Oprimido, este parágrafo de Freire nos faz refletir sobre a inclusão, sobre os que ficam às margens, oprimidos. E, que eles, ninguém melhor do que eles sabem de seus sofrimentos, de suas frustrações, de suas angústias ao se defrontarem com uma sociedade que não respeita às diferenças e que não aceita os que não são ditos "normais".
A sociedade estipula padrões de aparência que devem ser seguidas para que o indivíduo seja aceito, como ser magro, alto, exigindo uma perfeição ditada por ela. E os que não seguem este padrão, sentem suas auto estima abalada e tentam seguir os padrões dessa sociedade que oprime e exclui.
Se não estiver nos padrões estabelecidos pela sociedade, como estar acima do peso faz com que o indivíduo se sinta excluído, o que dizer de alguém que tem uma deficiência física?
Há que se ter coragem! Há que se ter coragem!
Só o excluído pode lutar com veracidade de causa, mas há que se ter coragem

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O SER HUMANO BUSCA A INTEGRAÇÃO E REALIZAÇÃO





"No ato mesmo de responder aos desafios que lhe apresenta seu contexto de vida, o homem se cria, se realiza como sujeito, porque esta resposta exige dele reflexão, crítica, invenção, eleição, decisão, organização, ação... todas essas coisas pelas quais se cria a pessoa e que fazem dela um ser não somente “adaptado” à realidade e aos outros, mas "integrado".,FREIRE, Paulo 1921 -
F934c Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979 - Interdisciplina: Educação de Jovens e adultos - ROODA - PEAD - UFRGS.


Paulo Freire fala no ato de responder aos desafios, onde o ser humano se realiza e reflete criticamente, assim como desenvolve a criatividade e o faz tomar decisões. Diz que o ser humano além de adaptado à realidade se torna integrado à sociedade.
O ser humano tem a necessidade de se sentir integrado no meio em que vive, de participar, de ser amado e de contribuir nas tomadas de decisões. Então, todos devem ser respeitados em suas diferenças e todos devem participar, mas a realidade é diferente, as pessoas são discriminadas em suas diferenças e limitações e correm o risco de não se realizarem por falta de oportunidades de mostrarem suas competências e integrarem-se de fato em seus pertencimentos.
A busca pela aceitação e integração faz parte da infância e da vida adulta, a exemplo, de adultos que voltam a estudar por não terem tido a oportunidade no tempo regular. No meu estágio, na EJA, tenho três alunos de inclusão, que, mesmo com dificuldades, são os mais dedicados e não faltam às aulas. Ao sentirem-se integrados no grupo, sentem que são capazes e superam-se em suas limitações.
Concluo que a escola deve estar preparada para tornar os alunos com necessidades educacionais especiais, para que se integrem e participem efetivamente da sociedade, superando dificuldades e limitações para se tornarem adultos realizados.

sábado, 30 de outubro de 2010

MUITAS APRENDIZAGENS



Estes Eixos me trouxeram grandes aprendizagens a exemplo da Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta com a teoria de Erikson "As Oito Idades do Homem", que mostra perfeitamente,as fases psíquicas e emocionais desde o nascimento até a velhice. Esta teoria prova que se uma fase da vida não é bem resolvida, acarretará problemas na fase posterior.
A interdisciplina "Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais foi enriquecedora, pois os aprendizados e experiências trocadas com colegas nos fóruns me fez perceber que as dificuldades são comuns na maioria das escolas, a exemplo de apoio pedagógico e infra estrutura para receber alunos com necssidades especiais.
Questões Étnico Raciais na Educação Sociologia e História, me mostrou muitas maneiras de trabalhar em sala de aula, promovendo um estudo aprofundado sobre a cultura africana e o que ela trouxe para engrandecer o nosso país.

EDUCAÇÃO PARA TODOS



"Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação
Básica, em todas as suas etapas e modalidades.
Parágrafo único. O atendimento escolar desses alunos terá início na educação
infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação
especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e
a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado..
Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às
escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos..( Resolução CNE - CEB Nº 2, de 11 de fevereiro de 2001. - Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Básica. Interdisciplina: Educação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - B - ROODA - PEAD - UFRGS).


As leis da educação asseguram uma educação de qualidade para todos, afirmando que as escolas devem organizar-se para receber os alunos com necessidades educacionais especiais, mas a realidade é outra, a maioria das escolas não têm sequer uma rampa para a locomoção de seus alunos cadeirantes.
Há muito o que fazer para que as escolas possam dar, realmente, uma educação adequada a alunos deficientes físicos. Já presenciei uma escola não poder matricular um aluno cadeirante por não ter rampa no portão e na entrada das salas de aula e por aí vão a a falta de estrutura, a exemplo de portas mais largas nas salas de aula, banheiros adaptados, classes, etc..
Os recursos pedagógicos também são poucos, assim como a preparação dos professores. Outro problema enfrentado nas escolas é a falta de monitores para ajudar os educandos deficientes em sua locomoção, ir ao banheiro, alimentar-se e outras ajudas necessárias a estas crianças ou jovens.
Aqui no Município de Gravataí, contamos com monitores para ajudar os alunos com necessidades educacionais especiais, mas sei que em muitas cidades isto não acontece, apesar da lei assegurar isto.
Acredito que a comunidade escolar possa mudar esta realidade, buscando e exigindo seus direitos de cidadãos. Pais de alunos com deficiência devem cobrar o que assegura a lei, pois, ainda, segundo a Constituição Nacional Vigente, todos têm direito à educação e cabe aos governantes adequar e adaptar às escolas para receber os educandos especiais, conforme suas necessidades e limitações.

domingo, 24 de outubro de 2010

DIVERSIDADES E PERSONALIDADE




"Quando, seja devido a uma infância infeliz ou por circunstâncias sociais difíceis, a identidade pessoal, apresenta certo vulto de confusões de papéis - ou seja - um senso de não saber o que se é, nem daquilo que se faz parte, nem de com quem se está". ( ELKIND, David - Diálogo 11 (1), 3 - 12, 1978 - As Oito Idades do Homem, segundo Erik Erikson - Interdisciplina: psicologia da Vida adulta - B - eixo 5 - PEAD - UFRGS).

Este parágrafo nos traz a a confusão que o adolescente sofre por ter tido uma infância infeliz, a crise de identidade, tão comum nesta fase da vida, pode ser agravada se em suas fases anteriores não for aceito em suas famílias e em outras sociedades. Saber a que se faz parte é um grande passo para se firmar uma identidade baseada em respeito e amor próprio e respeito pelo outro.
A criança com necessidades eespeciais sofre muitos preconceitos, estes muitas vezes das famílias, familiares, vizinhança e em outras convivências, a exemplo da convivência com colegas de escola.
Segundo Erikson, o homem adulto sadio psiquicamente, depende de uma infância e adolescência marcada pela aceitação e carinho de quem os cercam.
Acredito numa sociedade onde todos convivam e se respeitem em suas diferenças e limitações, onde a solidariedade e a cooperatividade faça parte em todos seus pertencimentos. Mas, para que isto aconteça, é preciso que se eduque todas as crianças para que vejam nas diversidades, apenas diferenças e não inferioridade.

domingo, 17 de outubro de 2010

ESCOLA - UMA SOCIRDADE QUE DEVE RESPEITAR ÀS DIFERENÇAS




"O primeiro grupo social que a crianças pertence é a família em suas mais diversas formações, passando a inserirem-se em sua trajetória de vida a outros grupos, como igreja, clubes, escola, entre outros.
A escola é um espaço coletivo, onde os indivíduos estabelecem relações, formando um grupo." BERNARDES,Eliane - Grupos Sociais, Atividade Webfólio do ROODA - Interdisciplina: Representação do Mundo Pelos Estudos Sociais - PEAD - UFRGS.

Nesta atividade, escrevi sobre as sociedades que o indivíduo pertence, dando ênfase à escola, que, depois da família, e ou igreja, clubes é a comunidade que a criança irá conviver com seus pares com o objetivo de socializar e adquirir conhecimentos.
A escola é o lugar onde a criança estará sem alguém da família, por isto, ela deve ser acolhida pela comunidade escolar.
A criança que não se sente acolhida na escola, certamente não gostará de estar neste ambiente e a aprendizagem será prejudicada. O papel do professor e da família são muito importante na questão da aceitação e ao respeito às diferenças que a criança encontrará na escola.
A sociedade e na escola não é diferente, tende a aceitar o igual, o comum, vendo nas diferenças a inferioridade, por isto, se na família a criança não tem a educação de respeitar e valorizar as diferenças, cabe à escola passar estes valores.
O educando com necessidades educacionais especiais, principalmente, quando a diferença é visível, como a deficiência física, muitas vezes sofre os primeiros preconceitos na escola, pois os colegas usam de sua nata curiosidade para perguntar o porquê daquela deficiência, fazendo com que a criança com necessidades, se sinta constrangido e envergonhado.
Penso que, quando há um aluno com deficiência física na sala de aula, nos primeiros dias, a professora deve fazer um trabalho de valorização de todos e de respeito às diferenças para que o educando especial perceba que sua diferença é respeitada pela professora e pelos colegas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

APRENDIZAGENS





Os Eixos I, II e III, foram de muitas aprendizagens, a começar pela Interdisciplina de Tecnologias, que me trouxe conhecimentos sobre a informática e comunicação.E, uso os conhecimentos de tecnologias da informática na minha docência e na minha vida pessoal.
Esses eixos foram marcados por teóricos que nos mostraram a importância do lúdico, da literatura infantil, da música e do teatro para a aprendizagem da criança, tornando as aulas mais significativas e alegres.
As trocas de saberes entre colegas, tutores e professores, através dos fóruns tornou a aprendizagem mais rica, solidária e cooperativa.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

SOFTWARE E NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS




"O software educativo ameniza a má disposição frente ao processo educacional, pois desafia e desperta a curiosidade do educando. Freire (1996) comenta que o exercício da curiosidade convoca a imaginação, a intuição, às emoções, a capacidade de conjectuar e de comparar" (SCATONNE, Cristiane - 2004)

"Vale dizer que o software permite um trabalho mais personalizado, pois o educador pode adequar o programa às necessidades e ao ritmo do educando"(SCATONE, Cristiane - 2004 - O Software Educativo - Sem Medo de Errar - Educação e Tecnologia da Informática e da Comunicação - Eixo I - ROODA - PEAD- UFRGS


A utilização de software proporciona o uso da tecnologia para adquirir conhecimentos e aprendizagens de forma diferenciada, despertando o interesse dos educandos.
Cristiane Scattone fala da importãncia do software na educação e na adequação deste para diferentes necessidades e ritmos dos alunos.
Muitas deficiências físicas impossibilitam crianças e adultos de usar as mãos para escrever e vêm no computador a única possibilidade de escrever, ler, comunicar-se e de manterem-se informados e inclusos.
Acredito, então nas tecnologias da informática como um grande recurso para a educação de deficientes físicos, que contam com equipamentos para adequar seus computadores conforme suas necessidades.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PERTENCIMENTOS E DESENVOLVIMENTO




"Eu valorizo o sujeito na medida em que valorizo o objeto e vice versa. Como posso valorizar o indivíduo, subestimando o poder da sociedade? Como posso valorizar a sociedade subestimando a capacidade de transformação do indivíduo? A novidade cria-se na exata medida da relação dinâmica entre indivíduo e sociedade. (BECKER, fernando. O que é Construtivismo? educação e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: ARTIMED,2001. Interdisciplina Desenvolvimento Sob o Enfoque da Psicologia - ROODA, PEAD, UFRGS.)
Becker fala da relação do indivíduo com a sociedade, da importância dos pertencimentos para o desenvolvimento e aprendizagem. Nos remete a pensar sobre o valor das relações humanas e das transformações que o indivíduo sofre em comunhão, assim como a sociedade que é um todo, composto por individualidades que a transformam.
Cada indivíduo, com suas singularidades pertence a diversas sociedades, como a família, escola, igreja, etc. e, a relação existente nestes grupos é fundamental para seu desenvolvimento. Estar incluído faz com que o ser humano se sinta valorizado e respeitado, tornando-o mais seguro e participativo.
A exclusão faz com que o indivíduo tenha a auto estima baixa e a falta de participação na sociedade prejudica seu desenvolvimento, já que a cooperação e a valorização pelo grupo é de suma importância.
As pessoas com necessidades educacionais especiais visíveis, a exemplo da deficiência física muitas vezes não faz parte da sociedade por falta de acessibilidade ou por preconceito do grupo, pois um olhar demorado para a parte física deficiente, já é suficiente para constranger e afastá-lo de tal convivência.
A sociedade ainda não está preparada para aceitar as diferenças, o preconceito muitas vezes é oculto e é observado através de um olhar de desprezo ou da distância que muitas pessoas fazem questão de ter com os deficiêntes físicos.

sábado, 11 de setembro de 2010

ESCOLA E INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS




"Segundo Ferreira (1995) a nova república brasileira pode ser considerada como um período de transição dentro da reforma conservadora. Sua trajetória corresponde a uma conciliação pelo alto com uma ampliação de currículo eletista e uma liberação do controle do poder sem que os tradicionais excluídos sejam verdadeiramente integrados como atores legítimos nas decisões. Trata-se de uma "mudança de tutela" com a participação no acesso aos bens na tomada de decisão e no controle da vida política." (A.J.AKKARI) Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil: Entre Estado, Privatização e Descentralização - ESC 7 - Educação: políticas Públicas e desigualdade no Brasil - Interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade: Uma Abordagem Sociocultural e Antropológica - ROODA - PEAD - UFRGS
O texto e principalmente esta citação de Ferreira nos mostra a desigualdade social no Brasil, onde a reforma acontece, que a discussão também existe, mas não são os próprios excluídos que decidem, mas sim uma parte da sociedade que tem o poder. Ainda que as bases da sociedade se unam, discutam e tomem decisões, dependem de quem está com o poder de decisão.
Ao longo da história, é sabido que os excluídos só conseguem conquistar os seus direitos e tomar parte do que é seu, com muita luta e durante muito tempo de reivindicações.
As pessoas com necessidades especiais até bem pouco tempo eram escondidas dentro de casa, não estudavam, não trabalhavam e não pertenciam a nenhuma sociedade. Seus direitos aos poucos estão sendo conquistados através da luta destes e de seus familiares. A Constituição vigente prevê direitos iguais a todos cidadãos brasileiros e é baseada nela que pessoas com necessidades especiais têm conquistado muitos direitos.
Como educadora sempre tive a preocupação de receber e educar meus alunos com necessidades educacionais especiais, visando uma educação igualitária e cooperativa, onde o educando não se sinta excluído, mas sim, todos respeitados em suas diferenças. E, em toda a minha experiência docente percebo a falta de informação sobre a deficiência física aos educandos, para que saibam lidar com os preconceitos que podem surgir em sala de aula. Os cursos sobre educação Inclusiva, dão ênfase a deficiência mental e a deficiência física preocupa-se em informar e esclarecer sobre a surdez e cegueira, deixando a desejar sobre a deficiência física visível no corpo e ou motor e é esta necessidade especial física que sofre mais preconceito.
As diferenças incomodam, causam piedade, mas ainda não são aceitas, principalmente em nossas escolas, onde vimos alunos com necessidades especiais sozinhos no recreio.

PENSANDO NO TCC




"O organismo com sua bagagem hereditária, em contato com o meio, perturba-se, desequilibra-se e, para superar esse desequilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas." (PIAGET)



Sempre tive interesse em discutir e me informar sobre necessidades especiais educacionais, mais especificamente sobre deficiências físicas, que ainda é vista com muito preconceito em nossa sociedade.
A educação inclusiva é discutida nas escolas e redes de ensino, mas ainda há muitas dúvidas e desinformações sobre o assunto. Também as escolas não estão preparadas, quanto às estruturas e bem feitorias para atender aos alunos que precisam se locomover de forma segura e confortável.
É urgente a informação aos educadores sobre a inclusão de alunos com necessidades especiais físicas, para que não haja mais preconceito e a exclusão, ainda observada nas escolas.
O educando com necessidades educacionais especiais não deve ser visto como um incapaz, mas deve ser recebido na escola regular, exercer sua cidadania, usufruindo dos seus direitos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

PROJETOS DE TRABALHO











“Projetos de Trabalho”, que segundo o autor Fernando Hernández:

"Significam um enfoque do ensino que tenta ressituar a concepção e as práticas educativas na escola, e não simplesmente readaptar uma proposta do passado, atualizando-a."
"Um meio de ajudar-nos a repensar e refazer a escola, reorganizando a gestão do espaço, do tempo, da relação entre os docentes e os alunos, redefinindo o discurso sobre o saber escolar."

"Uma forma de propor como ensinar a interpretar as informações e relacioná-las criticamente com outras fontes."

Hernández propõe uma educação baseada na realidade e nos interesses dos educandos.Onde os Projetos de Trabalhos são desenvolvidos a partir de curiosidades e para resolver problemas reais da comunidade escolar ou de interesses globais.
Meus alunos querem saber tudo sobre a vida dos pinguins, então propus e fiz um Projeto de Trabalho, onde iniciamos, trazendo os saberes prévios obtidos através das mídias e posteriormente, farão pesquisas, obterão respostas e certamente, terão mais dúvidas que o levarão a buscar mais e é este o objetivo dos projetos, fazer com que o aluno aja para solucionar os problemas.
Achei interessante a curiosidade dos alunos, pois este assunto vai ampliar seus conhecimentos e trará a problemática do aquecimento global e a partir destas descobertas poderemos trabalhar muitos temas que o abrangem, formando cidadãos com conhecimento e que possam agir sobre esta realidade.

sábado, 10 de julho de 2010

AULA EM MOVIMENTO




Procuro sempre dar atividades interessantes e prazerosas para meus alunos e também reservamos um momento semanal, onde os educandos possam se expressar e interagir. É um momento onde eles se sentem livres e escolhem suas atividades entre brinquedos, jogos, desenhos, pinturas, música, filme, leitura, internet, etc.
Gosto muito destes momentos e participo dos grupos.
A ludicidade é a melhor maneira de aprender, pois a criança aprende através das brincadeiras, experimentações e da troca com o outro.
Este momento proporciona alegria a todos que estão na sala de aula e de vez em quando convidamos outros professores e funcionários para participar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

RECURSOS TECNOLÓGICOS NA SALA DE AULA



Os alunos da turma 42, realmente adotaram a informática e a internet como uma ferramenta de pesquisa e de comunicação. Levo o "note" todos os dias, mas se chego sem ele, já me perguntam e me apressam para que eu o pegue no carro. Nem todos os dias usamos a informática nas aulas, mas os alunos gostam de saber que terão o auxílio da internet em suas pesquisas e curiosidades.
Usamos a internet também para nos comunicarmos, a exemplo dos e-mails enviados com o texto, criado pelos educandos, alertando sobre a importância da separação e reciclagem do lixo. Os e-mails foram enviados a seus familiares, amigos, colegas de outras turmas e professores da escola.
Com o ingresso da tecnologia da informática na sala de aula, percebi a importância de um laboratório de informática na escola e levarei isto para as reuniões pedagógicas.

domingo, 27 de junho de 2010

TEATRO





Nos primeiros semestres do PEAD, tivemos a interdisciplina das artes, que nos deu aportes teóricos e técnicas para desenvolvermos com nossos alunos.
Eu sempre gostei de criar peças teatrais e encenar com meus alunos e este ano resolvemos encenar uma peça para homenageqar ás mães.
A peça foi escrita baseando-se em um texto que li em um livro didático e contei a meus alunos. O título do texto era "Mamãe não Faz Nada".
Então, baseados nesta história criamos as falas e os personagens. Cada aluno teve um personagem e os papéis foram sorteados, conforme sugestão dos próprios alunos, já que todos queriam encenar o papel da mãe ou do pai.
Os ensaios aconteceram de forma esperada, com discussões, ansiedades, erros e acertos. Mas no final tudo deu certo. A peça foi muito aplaudida e elogiadada pela comunidade escolar.
A história da peça fez com que os alunos refletissem sobre suas criações nas falas, onde retratava a falta de valor que a sociedade e a própria família dá á mãe, seja ela dona de casa ou que trabalha fora, cumprindo uma dupla jornada.
Então, além de expressarem-se nas artes cênicas, os educandos usaram suas criatividades criando as falas e personagens e tiveram a oportunidade de pensar e discutir sobre o papel da mãe e da mulher na sociedade.
Ao final da apresentação eu, que queria presentear às mães, fui presenteada e surpreendida com uma homenagem que os alunos e às mães destes, me prestaram, cantaram uma música muito linda e não muito conhecida. Fui professora dos alunos desta turma na primeira série e por isto escolheram uma música que dizia mais ou menos assim :" Professora, tu que me ensinou a ler, agora me ensina a escrever Te Amo".
Adorei homenagear e ser homenageada e só postei agora, porque fiquei esperando que me enviassem fotos da peça.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Projeto Copa do Mundo de Futebol




Nos últimos dias a escola desenvolve o Projeto Copa do Mundo, juntamente com o Projeto da Festa Junina.Mas, o Projeto da Copa chama muito mais atenção dos alunos. Além de estar na mídiafutebol sempre chama muita atenção dos alunos da escola e na minha turma não é diferente, já que a a maioria dos educandos, incluindo as meninas, adoram jogar futebol e se interessam muito pelos times gaúchos e brasileiros. A euforia que toma conta dos torcedores do Mundial, faz com que os alunos torçam e se interessem por saber mais sobre os times dos países que estão competindo.
E, aproveitando o interesse dos alunos, já trabalhamos sobre etnias, localização dos países, bandeiras e principalmente sobre a África do Sul, pois os educandos têm grandes curiosidades sobre os países que estão competindo na Copa do Mundo de Futebol.
Sempre aproveito os acontecimentos para desenvolver minhas aulas, pois quando os alunos se interessam acontece o verdadeiro aprendizado.

“É na realidade mediatizadora, na consciência que dela tenhamos, educadores e povo, que iremos buscar o conteúdo programático da educação. O momento deste buscar é o que inaugura o diálogo da,educação como prática da liberdade." (FREIRE, 2005)


Diante desta fala do Mestre Paulo Freire, que me inspiro a sempre ouvir meus alunos, conhecer suas realidades e suas espectativas para as aulas, fazendo a mediação entre os interesses dos educandos e os conteúdos obrigatórios, sempre dentro de contextos que interessem a todos.
Meus alunos falam muito na vuvuzela e na alegria do povo africano, então, resolvemos pesquisar sobre os instrumentos daquele país e confeccionamos um ganzá, com copos de iogurte, colando suas aberturas depois de colocarmos pedras dentro e usaremos nos dias em que o Brasil jogar, animando o ambiente. O verdadeiro ganzá é feito com cuias e sementes em seu interior.
Os alunos também confeccionaram a bandeira da África,usando TNT e cola.
Nossa sala está decorada com as cores do Brasil, bandeira do Brasil e da África, com o mascote Zakumi e até mesmo as bandeirinhas da Festa foram confeccionadas em verde e amarelo.
É um momento rico e abre um leque de curiosidades e temas a serem estudados, conforme o intersse dos alunos, que todos os dias trazem informações obtidas na mídia, sobre o país sediador da Copa, assim como dos outros países participantes.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"ESCOLAS QUE SÃO ASAS..."




"Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado, só pode ser encorajado". (RUBEM ALVES)

As escolas devem incentivar e dar recursos para que os educandos busquem, satisfaçam suas curiosidades e uma das maneiras de buscar, de "voar", é a pesquisa na internet. As crianças são naturalmente curiosas e críticas com as respostas dos adultos.E devem ser incentivadas a pesquisar, mas também a questionar a veracidade das respostas encontradas.
Como diz Rubem Alves, "o võo já nasce com a criança" e que não pode ser ensinado, mas proporcionado, encorajado e cabe aos educandos buscar subsídios para que a criança se lance a este inato vôo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

REAPROVEITAMENTO DE PERGAMINHO




Seguindo o projeto sobre o papel ao longo da história, os alunos descubriram, ao pesquisar na internet e em livros que na antiguidade já era reaproveitado o papiro e principalmente o pergaminho.
O papiro sofria o mesmo prossesso anterior, ou seja, era molhado, prensado, martelado e enrolado novamente para posteriormente ser usado. O pergaminho, que era confeccionado com peles de animais, como ovelha e cabra era reaproveitado, usando-se óleo e resinas de plantas para apagar as escritas e desenhos.
Os alunos acharam muito interessante saber que o papiro e o pergaminho eram reciclados, fizeram a comparação com a atualidade, onde separamos o lixo seco do lixo orgânico, para posteriormente ser reciclado e reaproveitado.
Esta atividade de pesquisa fez com que os alunos comparassem as técnicas de reciclagem e reaproveitamento do papel na atualidade e ao longo da história.
Aprendi, juntamente com meus alunos que se reaproveitava o pergaminho e o papiro, pensando na dificuldade de confeccioná-lo e, no caso do papiro, para preservar a árvore de mesmo nome, de onde vinha a matéria prima.
Então dialogamos sobre como isso se perdeu e os alunos chegaram a conclusão de que as fábricas só querem ganhar dinheiro e é por isto que desmataram.
Sim, os alunos têm razão, fora o capital, o culpado, pois quando usufruía-se da natureza,com o cuidado de não retirar mais do que o necessário, não corria-se o risco de extinção de animais e plantas.
O homem não se sente parte da natureza, se sente superior a ela, por isso, não se preocupa com o futuro da sua própria espécie.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

APRENDIZADOS DE ESTÁGIO




O projeto de estágio que nos remete a descobrir a origen=m do papel, fabricação atual e reciclagem, permitiu que não só os meus alunos, mas que também eu adquirisse muitos conhecimentos. As pesquisas na internet sobre a História do papel nos trouxe aprendizados como a matéria prima do primeiro papel, que se chamava papiro por ser extraído a parte branca e esponjosa do caule de uma árvore chamada papiro e que esta palavra deu origem a palavra papel. Achei muito interessante também saber que os egípcios usavam as fibras naturais do papiro como linhas.
O processo para se obter o papiro pronto para escrever e desenhar era de cortar a parte branca do papiro em finas tiras, que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. a folha obtida era martelada, alisada e colocadas uma ao lado das outras para formar uma longa fita que era depois enrolada.

domingo, 2 de maio de 2010

ESTAGIANDO



O estágio está sendo muito interessante, enriquecedor e transformador para mim e para meus alunos, já que estamos trabalhando com tecnoogias da informática, de forma sistêmica em sala de aula.
A escola não possui Laboratório de Informática, por isto, levo o note para a sala.
Iniciamos com o ligar e desligar, acessar a internet e posteriormente, os alunos digitaram seus nomes em uma lista. esta lista foi imprimida e exposta na sala de aula.
Os alunos se sentem orgulhosos de terem digitado a lista dos componentes da turma, principalmente as crianças que nunca haviam manuseado computadores.
A maioria dos alunos já usaram computadores e muitos deles possuem páginas de relacionamentos como ORKUT e MSN, apesar da pouca idade. Relataram que usam estes sites para se comunicar com amigos e familiares e que os pais aprovam e os ajudam a postar fotos e a usarem outras ferramentas relacionadas.
Dos 20 alunos, apenas 2 disseram ter usado a internet para pesquisar ou auxiliar nos estudos e desconheciam muitos sites de pesquisa, softweres educativos, entre outros sites visitados em uma aula.
Os educandos gostaram de ter computador na sala de aula e descobriram a mídia online como fonte de pesquisa e auxiliar em seus estudos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

ESTÁGIO



Mais um reinício das aulas na UFRGS,mas com um diferencial, chegou enfim o estágio. É o momento de praticar conhecimentos adquiridos ao longo do curso e mostrar as mudanças que aconteceram em nossas salas de aula, pois o que, realmente aprendemos fica intríseco em nós, provocando transformações.