sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS





Foi muito bom fazer esta trajetória de volta às aprendizagens destes eixos. A interdisciplina de Educação de Jovens e Adultos foi muito importante para mim, já que o estágio foi em uma turma da EJA. Por inúmeras vezes visitei as temáticas desta interdisciplina em busca de teóricos que fundamentassem a minha prática, meus planos de aula e relatório de estágio. Por muitas vezes busquei subsídios e as postagens nos fóruns também me trouxeram aprendizagens vivenciadas por colegas.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA



Neste semestre fiz estágio em uma turma da EJA. Nesta turma havia três alunos de inclusão e, constatei que também na Educação de Jovens e Adultos há muitas dificuldades de realmente incluir os alunos com necessidades educacionais especiais.
A escola, muito engajada em incluir, mas fica a cargo do professor buscar subsídios e diferentes maneiras de incluir o aluno nos temas e atividades comuns a todos e também trabalhar com as diferenças cognitivas e motoras de cada educando que necessitar.
Acredito que cada escola deva ter um profissional que lide exclusivamente com as questões de inclusão, pois, orientação e outros apoios já estão sobrecarregados na maioria das escolas. A escola necessita de alguém especializado em inclusão, que possa dar apoio pedagógico e orientações ao professor e também ao educando com necessidades especiais.
A questão não é somente incluir os educaandos na escola regular, é garantir que estes adquiram conhecimentos, socializem-se e preparem-se para o mercado de trabalho.

HÁ QUE SE TER CORAGEM!




"Quem melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível da sociedade opressora? Quem sentirá melhor que eles os efeitos da opressão? Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade de libertação? Libertação à qual não chegaram pelo acaso, mas pela práxis de sua busca pelo conhecimento e reconhecimento da necessidade de lutar por ela." (FREIRE, 1987 - Pedagogia do Oprimido, 35,ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003.)
Em Pedagogia do Oprimido, este parágrafo de Freire nos faz refletir sobre a inclusão, sobre os que ficam às margens, oprimidos. E, que eles, ninguém melhor do que eles sabem de seus sofrimentos, de suas frustrações, de suas angústias ao se defrontarem com uma sociedade que não respeita às diferenças e que não aceita os que não são ditos "normais".
A sociedade estipula padrões de aparência que devem ser seguidas para que o indivíduo seja aceito, como ser magro, alto, exigindo uma perfeição ditada por ela. E os que não seguem este padrão, sentem suas auto estima abalada e tentam seguir os padrões dessa sociedade que oprime e exclui.
Se não estiver nos padrões estabelecidos pela sociedade, como estar acima do peso faz com que o indivíduo se sinta excluído, o que dizer de alguém que tem uma deficiência física?
Há que se ter coragem! Há que se ter coragem!
Só o excluído pode lutar com veracidade de causa, mas há que se ter coragem

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O SER HUMANO BUSCA A INTEGRAÇÃO E REALIZAÇÃO





"No ato mesmo de responder aos desafios que lhe apresenta seu contexto de vida, o homem se cria, se realiza como sujeito, porque esta resposta exige dele reflexão, crítica, invenção, eleição, decisão, organização, ação... todas essas coisas pelas quais se cria a pessoa e que fazem dela um ser não somente “adaptado” à realidade e aos outros, mas "integrado".,FREIRE, Paulo 1921 -
F934c Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire; [tradução de Kátia de Mello e silva; revisão técnica de Benedito Eliseu Leite Cintra]. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979 - Interdisciplina: Educação de Jovens e adultos - ROODA - PEAD - UFRGS.


Paulo Freire fala no ato de responder aos desafios, onde o ser humano se realiza e reflete criticamente, assim como desenvolve a criatividade e o faz tomar decisões. Diz que o ser humano além de adaptado à realidade se torna integrado à sociedade.
O ser humano tem a necessidade de se sentir integrado no meio em que vive, de participar, de ser amado e de contribuir nas tomadas de decisões. Então, todos devem ser respeitados em suas diferenças e todos devem participar, mas a realidade é diferente, as pessoas são discriminadas em suas diferenças e limitações e correm o risco de não se realizarem por falta de oportunidades de mostrarem suas competências e integrarem-se de fato em seus pertencimentos.
A busca pela aceitação e integração faz parte da infância e da vida adulta, a exemplo, de adultos que voltam a estudar por não terem tido a oportunidade no tempo regular. No meu estágio, na EJA, tenho três alunos de inclusão, que, mesmo com dificuldades, são os mais dedicados e não faltam às aulas. Ao sentirem-se integrados no grupo, sentem que são capazes e superam-se em suas limitações.
Concluo que a escola deve estar preparada para tornar os alunos com necessidades educacionais especiais, para que se integrem e participem efetivamente da sociedade, superando dificuldades e limitações para se tornarem adultos realizados.

sábado, 30 de outubro de 2010

MUITAS APRENDIZAGENS



Estes Eixos me trouxeram grandes aprendizagens a exemplo da Interdisciplina Psicologia da Vida Adulta com a teoria de Erikson "As Oito Idades do Homem", que mostra perfeitamente,as fases psíquicas e emocionais desde o nascimento até a velhice. Esta teoria prova que se uma fase da vida não é bem resolvida, acarretará problemas na fase posterior.
A interdisciplina "Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais foi enriquecedora, pois os aprendizados e experiências trocadas com colegas nos fóruns me fez perceber que as dificuldades são comuns na maioria das escolas, a exemplo de apoio pedagógico e infra estrutura para receber alunos com necssidades especiais.
Questões Étnico Raciais na Educação Sociologia e História, me mostrou muitas maneiras de trabalhar em sala de aula, promovendo um estudo aprofundado sobre a cultura africana e o que ela trouxe para engrandecer o nosso país.

EDUCAÇÃO PARA TODOS



"Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação
Básica, em todas as suas etapas e modalidades.
Parágrafo único. O atendimento escolar desses alunos terá início na educação
infantil, nas creches e pré-escolas, assegurando-lhes os serviços de educação
especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a família e
a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado..
Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às
escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades
educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma
educação de qualidade para todos..( Resolução CNE - CEB Nº 2, de 11 de fevereiro de 2001. - Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Básica. Interdisciplina: Educação de pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - B - ROODA - PEAD - UFRGS).


As leis da educação asseguram uma educação de qualidade para todos, afirmando que as escolas devem organizar-se para receber os alunos com necessidades educacionais especiais, mas a realidade é outra, a maioria das escolas não têm sequer uma rampa para a locomoção de seus alunos cadeirantes.
Há muito o que fazer para que as escolas possam dar, realmente, uma educação adequada a alunos deficientes físicos. Já presenciei uma escola não poder matricular um aluno cadeirante por não ter rampa no portão e na entrada das salas de aula e por aí vão a a falta de estrutura, a exemplo de portas mais largas nas salas de aula, banheiros adaptados, classes, etc..
Os recursos pedagógicos também são poucos, assim como a preparação dos professores. Outro problema enfrentado nas escolas é a falta de monitores para ajudar os educandos deficientes em sua locomoção, ir ao banheiro, alimentar-se e outras ajudas necessárias a estas crianças ou jovens.
Aqui no Município de Gravataí, contamos com monitores para ajudar os alunos com necessidades educacionais especiais, mas sei que em muitas cidades isto não acontece, apesar da lei assegurar isto.
Acredito que a comunidade escolar possa mudar esta realidade, buscando e exigindo seus direitos de cidadãos. Pais de alunos com deficiência devem cobrar o que assegura a lei, pois, ainda, segundo a Constituição Nacional Vigente, todos têm direito à educação e cabe aos governantes adequar e adaptar às escolas para receber os educandos especiais, conforme suas necessidades e limitações.

domingo, 24 de outubro de 2010

DIVERSIDADES E PERSONALIDADE




"Quando, seja devido a uma infância infeliz ou por circunstâncias sociais difíceis, a identidade pessoal, apresenta certo vulto de confusões de papéis - ou seja - um senso de não saber o que se é, nem daquilo que se faz parte, nem de com quem se está". ( ELKIND, David - Diálogo 11 (1), 3 - 12, 1978 - As Oito Idades do Homem, segundo Erik Erikson - Interdisciplina: psicologia da Vida adulta - B - eixo 5 - PEAD - UFRGS).

Este parágrafo nos traz a a confusão que o adolescente sofre por ter tido uma infância infeliz, a crise de identidade, tão comum nesta fase da vida, pode ser agravada se em suas fases anteriores não for aceito em suas famílias e em outras sociedades. Saber a que se faz parte é um grande passo para se firmar uma identidade baseada em respeito e amor próprio e respeito pelo outro.
A criança com necessidades eespeciais sofre muitos preconceitos, estes muitas vezes das famílias, familiares, vizinhança e em outras convivências, a exemplo da convivência com colegas de escola.
Segundo Erikson, o homem adulto sadio psiquicamente, depende de uma infância e adolescência marcada pela aceitação e carinho de quem os cercam.
Acredito numa sociedade onde todos convivam e se respeitem em suas diferenças e limitações, onde a solidariedade e a cooperatividade faça parte em todos seus pertencimentos. Mas, para que isto aconteça, é preciso que se eduque todas as crianças para que vejam nas diversidades, apenas diferenças e não inferioridade.