segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PERTENCIMENTOS E DESENVOLVIMENTO




"Eu valorizo o sujeito na medida em que valorizo o objeto e vice versa. Como posso valorizar o indivíduo, subestimando o poder da sociedade? Como posso valorizar a sociedade subestimando a capacidade de transformação do indivíduo? A novidade cria-se na exata medida da relação dinâmica entre indivíduo e sociedade. (BECKER, fernando. O que é Construtivismo? educação e Construção do Conhecimento. Porto Alegre: ARTIMED,2001. Interdisciplina Desenvolvimento Sob o Enfoque da Psicologia - ROODA, PEAD, UFRGS.)
Becker fala da relação do indivíduo com a sociedade, da importância dos pertencimentos para o desenvolvimento e aprendizagem. Nos remete a pensar sobre o valor das relações humanas e das transformações que o indivíduo sofre em comunhão, assim como a sociedade que é um todo, composto por individualidades que a transformam.
Cada indivíduo, com suas singularidades pertence a diversas sociedades, como a família, escola, igreja, etc. e, a relação existente nestes grupos é fundamental para seu desenvolvimento. Estar incluído faz com que o ser humano se sinta valorizado e respeitado, tornando-o mais seguro e participativo.
A exclusão faz com que o indivíduo tenha a auto estima baixa e a falta de participação na sociedade prejudica seu desenvolvimento, já que a cooperação e a valorização pelo grupo é de suma importância.
As pessoas com necessidades educacionais especiais visíveis, a exemplo da deficiência física muitas vezes não faz parte da sociedade por falta de acessibilidade ou por preconceito do grupo, pois um olhar demorado para a parte física deficiente, já é suficiente para constranger e afastá-lo de tal convivência.
A sociedade ainda não está preparada para aceitar as diferenças, o preconceito muitas vezes é oculto e é observado através de um olhar de desprezo ou da distância que muitas pessoas fazem questão de ter com os deficiêntes físicos.

sábado, 11 de setembro de 2010

ESCOLA E INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS




"Segundo Ferreira (1995) a nova república brasileira pode ser considerada como um período de transição dentro da reforma conservadora. Sua trajetória corresponde a uma conciliação pelo alto com uma ampliação de currículo eletista e uma liberação do controle do poder sem que os tradicionais excluídos sejam verdadeiramente integrados como atores legítimos nas decisões. Trata-se de uma "mudança de tutela" com a participação no acesso aos bens na tomada de decisão e no controle da vida política." (A.J.AKKARI) Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil: Entre Estado, Privatização e Descentralização - ESC 7 - Educação: políticas Públicas e desigualdade no Brasil - Interdisciplina: Escola, Cultura e Sociedade: Uma Abordagem Sociocultural e Antropológica - ROODA - PEAD - UFRGS
O texto e principalmente esta citação de Ferreira nos mostra a desigualdade social no Brasil, onde a reforma acontece, que a discussão também existe, mas não são os próprios excluídos que decidem, mas sim uma parte da sociedade que tem o poder. Ainda que as bases da sociedade se unam, discutam e tomem decisões, dependem de quem está com o poder de decisão.
Ao longo da história, é sabido que os excluídos só conseguem conquistar os seus direitos e tomar parte do que é seu, com muita luta e durante muito tempo de reivindicações.
As pessoas com necessidades especiais até bem pouco tempo eram escondidas dentro de casa, não estudavam, não trabalhavam e não pertenciam a nenhuma sociedade. Seus direitos aos poucos estão sendo conquistados através da luta destes e de seus familiares. A Constituição vigente prevê direitos iguais a todos cidadãos brasileiros e é baseada nela que pessoas com necessidades especiais têm conquistado muitos direitos.
Como educadora sempre tive a preocupação de receber e educar meus alunos com necessidades educacionais especiais, visando uma educação igualitária e cooperativa, onde o educando não se sinta excluído, mas sim, todos respeitados em suas diferenças. E, em toda a minha experiência docente percebo a falta de informação sobre a deficiência física aos educandos, para que saibam lidar com os preconceitos que podem surgir em sala de aula. Os cursos sobre educação Inclusiva, dão ênfase a deficiência mental e a deficiência física preocupa-se em informar e esclarecer sobre a surdez e cegueira, deixando a desejar sobre a deficiência física visível no corpo e ou motor e é esta necessidade especial física que sofre mais preconceito.
As diferenças incomodam, causam piedade, mas ainda não são aceitas, principalmente em nossas escolas, onde vimos alunos com necessidades especiais sozinhos no recreio.

PENSANDO NO TCC




"O organismo com sua bagagem hereditária, em contato com o meio, perturba-se, desequilibra-se e, para superar esse desequilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas." (PIAGET)



Sempre tive interesse em discutir e me informar sobre necessidades especiais educacionais, mais especificamente sobre deficiências físicas, que ainda é vista com muito preconceito em nossa sociedade.
A educação inclusiva é discutida nas escolas e redes de ensino, mas ainda há muitas dúvidas e desinformações sobre o assunto. Também as escolas não estão preparadas, quanto às estruturas e bem feitorias para atender aos alunos que precisam se locomover de forma segura e confortável.
É urgente a informação aos educadores sobre a inclusão de alunos com necessidades especiais físicas, para que não haja mais preconceito e a exclusão, ainda observada nas escolas.
O educando com necessidades educacionais especiais não deve ser visto como um incapaz, mas deve ser recebido na escola regular, exercer sua cidadania, usufruindo dos seus direitos.